quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Quebrei o meu RETROVISOR


'Retrovisor é passado, é de vem em quando do meu lado
Nunca é na frente
É o segundo mais tarde, próximo, seguinte
É o que passou e muitas vezes ninguém viuRetrovisor nos mostra o que ficou.. O que partiu, o que agora só ficou no pensamento
Retrovisor é mesmice em trânsito lento
Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas
Mostra as ruas que escolhi
Calçadas e avenidas
Deixa explícito que se for pra frente
Coisas ficarão pra trás
A gente só nunca sabe que coisas são essas'
TM

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A conta da saudade, quem é que paga?


'O nosso som pausou.
E por tanta exposição, a disposição cansou.
Secou da fonte da paciência, e nossa excelência ficou lá fora.
Solução é a solidão de nós.
Deixe eu me livrar das minhas marcas;
Deixe eu me lembrar de criar asas.
Deixa que esse verão eu faço só... Deixa que nesse verão eu faço sol.
Só me resta agora acreditar que esse encontro que se deu.. Não nos traduziu melhor.
A conta da saudade, quem é que paga?
Lembra o que valeu a pena, foi nossa cena não ter pressa pra passar.'
TM

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010


Ela só precisa perceber, que nem todo 'perder' faz falta, que nem toda soma acrescenta e que suas verdades quase sempre são só suas e fim. Precisa aprender que nem toda saudade é dor e que nem toda espera merece ansiedade assim como sua ansiedade não se limita a tanta espera...
E vive pra aprender.

Eu e ela


Eu já tinha falado pra ela deixar de aprender com a dor.. Falei que com as experiências terceiras ela poderia absorver muitos ensinamentos... Mas, mais uma vez ela lacrimejava sem parar e dizia que ia morrer de ansiedade.
A ansiedade pode até matá-la um dia. Mas aquela dor era boa.
Ela amava o 'amor', se dedicar, brincar, ter alguém. Ela amava 'amar'.
Mas não aprendia com terceiros. Tudo era em primeira pessoa do singular:
'Eu sofri, perdi, menti, fiz, falei, amei, desejei, neguei, rasguei...'
E eu sempre PLURAL dizia: 'Vamos, podemos, esquecemos, abandonamos, encontramos...'
Pode parecer egoísmo, mas não.
Sozinha ela tem cuidado pra não arranhar quem está perto com a queda.
Dessa vez, ela sabe que não caiu.
Ela saltou, e está me levando junto com ela...
Ela só precisa perceber, que nem todo 'perder' faz falta, que nem toda soma acrescenta e que suas verdades são só suas e fim. Precisa aprender que nem toda saudade é dor e que nem toda espera merece ansiedade assim como sua ansiedade não se limita a tanta espera...
E apesar de saber que pra os outros o que importa é o externo, continua se amontoando internamente...
Enfim, eu disse a queria livre, mas ela sabe que não há liberdade com verdades escondidas e mentiras escancaradas...
A conversa acabou quando deixei o espelho.