quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pouco de polêmica.


Mahmoud Ahmadinejad visitou o Brasil e várias pessoas foram às ruas protestar. Bem, em minha cidadezinha poucas pessoas sabem quem o é, e o que veio fazer aqui. Essa visita foi alvo de muitas discussões aqui, e de muitos protestos em algumas capitais.
Fiquei confusa, confesso!
As pessoas foram às ruas indignadas por Ahmadinejad negar a existência do holocausto, por ele ser contra o homossexualismo, por participar quase que ativamente das guerras no Oriente Médio entre outro motivos. O que eu realmente não entendi foi, metade daquelas pessoas ficam ajoelhados dentro duma igreja que também é contra o homossexualismo, que já perseguiu e MATOU milhões de pessoas e que há poucos anos atrás admitiu a existência de alma em mulheres e em negros.
Bem, muita gente lá tenho certeza que nem sabia o que tava fazendo, mas fico ebestalhada com o movimento gay, que geralmente é encabeçado por inteligentes que lutam contra o preconceito estarem lá também dizendo-se 'indignados'!
Por que não aproveitam essa indignação e deixam de lado o casamento religioso? Se fazem tanta questão de respeitar e almejar a igreja católica, respeitem também a religião de Ahmadinejad e suas considerações em relação ao homossexualismo e aos judeus.
Eu sei que o holocausto existiu, sim! E defendo a liberdade de opção sexual das pessoas. Mas pelo amor Deus, Ahmadinejad não veio aqui matar gays, nem judeus, nem instituir guerra com a América Latina, pelo contrário!
É de se contemplar a iniciativa brasileira de fomentar e intermediar o diálogo entre os iranianos e os países ocidentais sobre a questão nuclear e sobre a defesa dos direitos humanos.
Lula disse: "Defendemos os direitos humanos e a liberdade de escolha de nossos cidadãos com a mesma veemência com que repudiamos todo ato de intolerância ou de recurso ao terrorismo."

O Brasil está pautando sua política externa "pelo compromisso com a democracia e o respeito à diversidade" , devíamos agradecer por isso.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A chave.


Simples e completas. Assim mesmo é que as pessoas se tornam únicas e essenciais. É como se houvesse uma chave, que raras pessoas têm e com elas abre o coração e a vida de muitos. Você não precisa ter um bumbum avantajado nem um boletim de fazer inveja. Não precisa ter um carro do ano ou uma casa com piscina, muito menos um monte de gente ao seu redor rasgando elogios.O que faz a diferença são as conversas de finais de semana, a boa música que surpreende, está no programa chato que se torna cada vez mais agradável por culpa da boa companhia. O que faz toda a diferença é a saudade dos banhos de chuva, as gargalhadas, as brincadeiras intermináveis e as ironias que exigem muito da nossa inteligência.
Não está só no discurso, está no cheiro inesquecível, no abraço caloroso, no carinho desmedido e no consolo quando necessário.
Tudo parece que vem na hora certa.Por mais que a vida complete seus ciclos e as amizades e relacionamentos amorosos acabem, quem tem a chave da autenticidade nunca abandona ninguém.
Pois as lembranças não ficam para trás, no passado... As lembranças latejam no presente querendo mais uma vez o coração aberto para o futuro.